É só deixar rolar
Não sei porque ele se espantou em me ver lá. Me mediu de cima a baixo, partindo da blusa de ombro caído, passando pela saia curta de cintura alta firmemente presa com meu cinto especial (aquele que eu finalmente pude estreiar e que eu comprei, uhm, na praça dos namorados parece...), pela meia arrastão, para enfim fixar os olhos no meu coturno de salto. Acho que ele não conhece a diferença entre botas, tênis e etc. Ah, agora sei porque o espanto. Ele jamais soube nada de mim além das mentiras que eu contei pra ele. E isso foi bom.
Felizmente ele ficou do lado de fora. Essa noite não cabia a chatice dele atrás de mim, fazendo cara de quem não me entende, achando que está olhando para alguém que ele conhece. Eu? Uhum, claro.
Não quis, nem precisei de nada além do gosto de poder ir. Acertei de novo quando pensei em quanto o rock aquece o sangue. E as mentiras são complemento de todas as histórias que a gente quer viver. Aquele gosto de juventude bem vivida, como se a gente tivesse lambido até a última gota do dia. E quando a gente quer, a gente lambe.
Dessa vez fomos eu e ela, unidas sempre em prol da melhor diversão do dia. Ou da noite. O único erro foi quando ela disse que não achava rock sexy. Como não? Aí começa aquela música que faz sua cabeça girar... as luzes piscantes... a fumaça no palco... aquele tanto de gente pulando... as guitarras e baterias... a voz e o vocalista...
"Apaga a luz e chega perto, pra eu te mostrar os meus segredos...
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida é só rolar... Sempre, é só deixar rolar...
E no meu corpo ainda sinto o seu perfume, o resultado do nosso confronto..."
Como não é sexy? E todas as mentiras deliciosamente estúpidas que a gente contou ouvindo rock? E todas as noites que ele embalou o sono? E quanta coisa não aproveitamos com esse som de fundo? Ah...Esquenta o sangue sempre! E só o que é bom dura tempo bastante pra se tornar inesquecível...
A chuva caía sem se importar em quanta gente estava lá dentro trocando calor naquele empurra empurra divertido. O que fez com que nem lígassemos em soltar os cabelos e correr na chuva como loucas pra voltar, passando por uma kombi cheia de homens que nem vi, arrastando nossos cadarços na água e rindo de nós mesmas num daqueles momentos que a gente continua lambendo a vida.
E assim com a chuva caindo, eu vi duas meninas correndo, sem ninguém saber pra aonde e nem pra quem. Numa noite em que elas mesmas tinham sido o palco das imaginações...
Felizmente ele ficou do lado de fora. Essa noite não cabia a chatice dele atrás de mim, fazendo cara de quem não me entende, achando que está olhando para alguém que ele conhece. Eu? Uhum, claro.
Não quis, nem precisei de nada além do gosto de poder ir. Acertei de novo quando pensei em quanto o rock aquece o sangue. E as mentiras são complemento de todas as histórias que a gente quer viver. Aquele gosto de juventude bem vivida, como se a gente tivesse lambido até a última gota do dia. E quando a gente quer, a gente lambe.
Dessa vez fomos eu e ela, unidas sempre em prol da melhor diversão do dia. Ou da noite. O único erro foi quando ela disse que não achava rock sexy. Como não? Aí começa aquela música que faz sua cabeça girar... as luzes piscantes... a fumaça no palco... aquele tanto de gente pulando... as guitarras e baterias... a voz e o vocalista...
"Apaga a luz e chega perto, pra eu te mostrar os meus segredos...
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida é só rolar... Sempre, é só deixar rolar...
E no meu corpo ainda sinto o seu perfume, o resultado do nosso confronto..."
Como não é sexy? E todas as mentiras deliciosamente estúpidas que a gente contou ouvindo rock? E todas as noites que ele embalou o sono? E quanta coisa não aproveitamos com esse som de fundo? Ah...Esquenta o sangue sempre! E só o que é bom dura tempo bastante pra se tornar inesquecível...
A chuva caía sem se importar em quanta gente estava lá dentro trocando calor naquele empurra empurra divertido. O que fez com que nem lígassemos em soltar os cabelos e correr na chuva como loucas pra voltar, passando por uma kombi cheia de homens que nem vi, arrastando nossos cadarços na água e rindo de nós mesmas num daqueles momentos que a gente continua lambendo a vida.
E assim com a chuva caindo, eu vi duas meninas correndo, sem ninguém saber pra aonde e nem pra quem. Numa noite em que elas mesmas tinham sido o palco das imaginações...
Não acredito que vou te ver hj.
ResponderExcluirMais certamente daqui 17hs.
Adoro como escreve.
Ciumes modo On.
"Das tuas frases feitas..das tuas noites perfeitas, perfeitas..."
Texto deliciosoooo e provocante ;D
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