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Mostrando postagens de julho, 2012

Incoerência

Então era isso. Eu achava bonito ter um homem que achasse que eu era a mulher mais incrível do mundo. Que meu jeito de falar era engraçado, mas feminino. Que eu era arrogantemente sensual e que nenhum cheiro no mundo era melhor do que aquele na raiz dos cabelos da minha nuca. Que eu era irritante. Que eu não calava a boca. Que em termos de habilidades, eu até cozinhava direitinho, mas estava longe de saber bater de verdade em um homem. Que eu dirigia bem. Que eu era inteligente, mesmo que não cientificamente. Que era esperta o suficiente para ser policial investigativa. Que eu era bagunceira demais para um ser tão pequeno. Que eu era decidida demais para alguém tão delicado e também indecisa demais para alguém tão decidida - que é bem como eu sou. Queria achar um homem que entendesse que por trás de toda essa autoconfiança existe uma mulher frágil que às vezes sonha em dividir um edredom em dias frios. Mas que só pode ser frágil quando tiver alguém do seu lado que vá segurar sua mão e