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Mostrando postagens de outubro, 2011

Call me when you get this

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Talvez você pense que eu não quero mais saber de nada, devido ao meu silêncio. Mas eu só estou concentrada nas minhas atividades, tentando evitar uma confusão mental (como se fosse possível eu existir algum dia sem esses malabarismos psicológicos). Eu sei que você está bem, pelo menos foi o que realmente pareceu pela sua voz. Meu brainstorming que não está. Tenho vontade de falar com você, mas não consigo te ligar. Não sei se continua com o mesmo número e também tenho medo de que a minha ação provoque uma reação errada. Sei que anda com desconfortos intestinointelectoemocionais e por isso espero de novo a poeira baixar. Mas quando você pegar esse recado, me liga. Pergunte qualquer coisa, qual o fabricante dos sete vermelhos, sei lá, puxe um assunto qualquer, dê sinal de vida. Não quero ser inconveniente em ligar pra você, mas é que... bem, é que talvez eu sinta sua falta. Ps.: Eu sei que vai ler e você sabe que é com você. Então me liga quando puder ;* Ps².: A Corinne

Desejo

Minha real vontade era sair correndo na rua gritando, invadir sua casa e te apertar contra meu peito. Precisava dizer que te amo, que te quero, que te desejo, vestindo cinza, moletom ou samba-canção. Precisava dizer que por mais que eu fuja, que eu me esconda ou que suma, carrego você entre os meus dedos pra qualquer lugar. Tive ânsia de te beijar como aquela vez na beira da praia ou no quarto depois da festa. Aquele beijo que fecha as cortinas, que pára o mundo e que a gente sente que nossos elétrons pertencem às órbitas dos átomos do outro. Queria dizer que a tempestade passou. Queria pedir pra você apagar todos os cortes - rasos ou profundos - que andamos fazendo nas nossas próprias carnes e voltar pra gente. Olha a nossa história, aquela que só a gente conhece. Você ainda duvida que a gente se ama? Bem, sei que às vezes também eu duvido ou esqueço, mas é por causa dessa distância toda. Só que nas paredes do peito, consistente feito cimento, estão as infinitas vezes que me declarou

Berlim

Vi o muro. Olhei para os lados e não enxerguei mais nada além do concreto. Não podia estar ao seu lado e não podia fugir. Foi como se tivéssemos construído nossa história num castelo de areia na beira do mar. A maré encheu e derrubou. Ficamos observando atônitos os contornos que sobraram dele e as ondas passando por cima, sem saber direito o que fazer daquilo. Assisto à sua vida de longe, do outro lado do muro. Daqui não dá pra ouvir sua voz, nem sentir seu cheiro ou o calor da sua pele. Mal consigo ver sua silhueta e sua imagem parece congelada como fotografia. E é. Outras pessoas entraram na sua vida, riem com você e te chamam pra sair. São outras mulheres que te mandam beijos, desenham corações e conversam com você de madrugada. Eu sei, nesse momento não tem espaço pra mim. Minha vida também é outra. Cansei das ligações ilimitadas, das conversas por torpedo e da ânsia que dá ao ver o celular piscando. Ou pelo menos me acostumei a achar isso chato. Outras pessoas entraram na