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Mostrando postagens de junho, 2010

Coisas que alegram

Coisas que alegram o dia: - Atravessando a rua alguém grita "Ei minha namorada". Você não ia olhar, mas lembra que pode ser aquele seu colega palhaço, e vira. Ai você descobre que não era o colega, mas um gato moreno dos olhos claros. "Ei, não sou. Mas a gente pode conversar a respeito..." =P Tava olhando umas matérias na internet, dessas que vem linkadas em newsletter de rede feminina on line. São tantas opiniões, temas e outras coisas que a gente até lê. Às vezes acredita e parece fazer sentido, outras não. E ai, eis que surge uma frase que acaba criando um risinho bobo: "Muito melhor estar saudavelmente com vários, feliz da vida, do que com um só por conveniência ou a contragosto." Acho que faz sentido, não? De um jeito ou de outro, sejam felizes meninas! Isso tudo é só uma questão de... aproveitar a vida! ;)

Sem saída

E eu que sempre gostei de sonhar e tomar conta da minha vida, me deparei enfim com todas as incertezas. Percebi que era inútil planejar, não havia no quê me agarrar. Ah, não há. Não que eu queira que tudo ocorra exatamente conforme eu imagino. Pelo menos não sempre. Mas é que desde que eu me "percebi como gente", sabia qual o próximo passo queria ou deveria dar. Quando precisei me joguei, lutei e defendi meus ideais. Nunca me arrependi de ser assim, até nas vezes que as coisas deram errado - num certo ângulo. Agora não tem nada que me prenda. Há um horizonte de possibilidades na minha frente, nas quais por hábito, penso exaustivamente, mesmo sem chegar a lugar algum. E sabe, excesso de liberdade deixa a gente meio sem saída, já que, bem, tanto faz qualquer coisa. Envelheci muito rápido, eu sei, só não sei ao certo quem sou agora. Dizem que eu já fiz tanto, que já construí muito, mas ainda acho que não sou nada. E pode ser que nunca seja mesmo. Não é culpa de Deus essa minha a

Dias depois da Ana...

Ela saiu de trás do espelho depois de toda rotina de beleza que ela ama e que tinha caprichado mais uma vez. Conheço poucas pessoas que gostem tanto da própria companhia como ela. Mas conheço muitas que gostam da companhia dela. A menos que tenha um bom motivo, ela diz que sábado à noite não é hora de ficar em casa. Nem sextas, quintas, quartas ou quando der na telha. Estava anoitecendo quando ela saiu. Depois do banho e do perfume, o cheiro era de perigo. Doce e suave perigo, como podemos caracterizar seu cheiro. Apagou a luz do quarto, mas a da imaginação estava acesa. E não há o que a divirta mais, pra começar, do que sua própria imaginação. E mesmo sem saber no que ia dar, ele continuava brincando com ela como se isso não oferecesse perigo. Ah... se ele soubesse que a brincadeira iria trazê-la assim vestida num preto transparente, dissimulado como a própria dona, que quase se passa por sólido e mexe com as mentes... Talvez não haja o que temer se o pior a perder é o juízo. E disso

Dias antes da Ana...

Confesso, acordei achando tudo indiferente Verdade, acabei sentindo cada dia igual Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante Quem sabe o amor tenha chegado ao final Não vou dizer que tudo é banalidade Ainda há surpresas, mas eu sempre quero mais É mesmo exagero ou vaidade Eu não te dou sossego, eu não lhe deixo em paz Não vou pedir, a porta aberta é como olhar pra trás Não vou mentir, nem tudo que falei eu sou capaz Não vou roubar seu tempo, eu já roubei demais Tanta coisa foi acumulando em nossa vida Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder Aos poucos fui ficando mesmo sem saída Perder o vazio é empobrecer Não vou querer ser o dono da verdade Também tenho saudade, mas já são quatro e tal Talvez eu passe um tempo longe da cidade Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais Vou deixar a rua me levar Ver a cidade se acender A lua vai banhar esse lugar Eu vou lembrar você Eu quero tudo que há O mundo e seu amor Não quero ter que optar Quero poder partir Quero poder voltar Poder fa

Perto dos [re]s

Se Freud viesse me analisar, talvez dissesse que de acordo com meu inconsciente, sonhar com ele sem camisa seria a ponta do iceberg. Sei que isso está mais ligado ao id e que a pulsão não era a de morte. Não mesmo. Fora do sonho ele apareceu mais vestido, com duas camisas e um casaco por cima. Eu diria que o clima frio desses dias tem sido agradável, em especial pra imaginação. Mas não tenham o trabalho de avisá-lo que ele anda mexendo com a mulher errada. Ou melhor, certa. Ele só tem cara de inocente, mas sabe bem aonde quer chegar. Sair fez bem, mais do que voltar. Deixei minha identidade ainda vagando um pouco por aí, que é melhor pra ela. Ficar aqui por esses dias não foi tão legal quanto poderia, já que a gente descobre na prática que um TCC é realmente capaz de nos afetar emocionalmente. Em especial quando percebemos que ele era mais importante que um trabalho; era parte de um discurso que constitui suas escolhas de vida. Nas semanas que o circundaram fiquei um pouco cega e sensí

Fim e talvez

Este post pode parecer uma página rasgada de diário. E talvez seja mesmo. Diferente da água do banho, chocolate e pão de queijo, não gosto quando meus sentimentos estão mornos. Prefiro os extremos: ou quentes ou gelados de vez. Gosto de viver, de sentir. No morno fica tudo mais ou menos. Como se fosse um nó no caminho... não sei se desamarro ou se volto atrás. Tenho agonia de coisas mornas. Acho que hoje estou com vontade de fugir. Nenhuma das opções me agrada. Meu TCC é finalmente amanhã e nem sei se fico feliz ou triste. Eu menti quando disse que não me apego tanto às coisas. Apego sim, àquelas mais importantes pra mim. Saí de casa cedo e quase não cheguei lá. Voltei tarde, mas preferia ter ficado fora. Perdi um pouco minha identidade esses dias, porque quando você acha e percebe que não podia achar, confunde um pouco seu EU. Fiquei assim. Um eu meio pela metade, que com a proximidade do fim das coisas parece insubstancialmente completo. Sem nada concreto. Não se assuste, acho que é

A difícil arte da decisão II

O tempo fechou. O vento mudou. Mas a porta não bateu. O que pode parecer estranho, e acho que é mesmo. Ela pareceu balançar um pouco, mas está ali ainda. Eu estava com muita fome, comi meio biscoito e enchi o resto do estômago de borboletas. E não fui eu quem percebeu isso. Foi você que disse. Está chovendo lá fora, mas não menos do que dentro de nós. Só que aqui dentro não tem guarda-chuva... Eu olhei no fundo dos seus olhos e me vi dentro deles. Depois de toda turbulência, as águas tinham acalmado um pouco. Era só o som do mar e dos nossos corações separados . Eu cuidei de você, e não tinha nada que eu queria mais. Mas quando eu dormi, foi com meu edredon, dois travesseiros, uma almofada e o hipopótamo. E o casal era só o do pijama. Acordar deve ter sido difícil pra você. De manhã cedo, nesse frio e olhando pro papel escrito de ontem, com uma sentença e duas incógnitas a resolver. A propósito, é o seu coração que está nesse papel. E a gente pensou em quantos restaurantes iríamos c