Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

Se eu fosse um garoto

Se eu fosse um garoto imagino que poderia escolher quantas mulheres eu quisesse. Os homens tem essa possibilidade maior de escolha, são os caçadores sabe. Eu então paqueraria à vontade, seria um exímio galanteador (ou sem-vergonha, como preferir), daqueles que olham coxas e bundas e fingem com a maior cara de sonso que não estão fazendo nada. Faria investidas sutis e esperaria pela risadinha envergonhada da Delicinha escolhida, o que me entregaria que ela só fingia timidez, enquanto na verdade me deseja ardentemente por dentro. Tiraria proveito ainda do fato de não precisar me depilar (pelo menos não tão frequentemente e etc) e iria para a praia toda semana, só pra ver as beldades bronzeando seus corpos na areia e saindo com os mini-biquínis encharcados do mar. Ah, frequentaria academia pelo mesmo motivo. Não seria daqueles que vão para o espelho de 5 em 5 minutos conferir quantos centímetros o braço já aumentou e se entopem de suplementos e etecéteras. Seria um espertinho que puxa ass

E eu que pensei que era o fim...

Ele me encontrou e disse que precisava conversar comigo. Eu pensei em mil coisas que ele pudesse querer me falar e no fundo tinha uma ideia do que afinal, poderia ser. Bem, se ele não falasse sobre isso, eu mesma teria que fazê-lo. Era quase inevitável. Na última vez que nos falamos ele tinha dito que pensava em ficar só comigo, mas tinha medo. Seu coração começava a arder por mim e sentir que o controle que ele sempre teve sobre as coisas estava escorregando entre seus dedos foi como um vento gélido nos calcanhares. Eu olhei pra ele e me vi, como se nossos sentimentos estivessem em lados opostos de um espelho, reflexos. Apesar de gostar do coração ardendo, também sentia frio nos calcanhares, o que me fez decidir que se ele não falasse, eu teria mesmo que fazê-lo. Quando o encontrei, senti que fazia um esforço imenso para estar ali e ter a conversa que pretendia. Foi fácil perceber porque ele não penteou os cabelos, nem passou perfume e colocou a primeira roupa que viu pela frente. Mas

Protetora

"Não acredito que ninguém sinta o mesmo que eu sinto por você agora. Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer, mas não sei como. Porque talvez, você vai ser aquela que me salvará E apesar de tudo, Você é minha protetora." {Oasis, Wonderwall} Tudo acontece porque tem que acontecer. Foi engraçado ouvir você dizer que confundiu as coisas também. Sabe, eu sei que você lembra o significado de eufemismo mas não sei se recorda que também é um advérbio que traz ideia de igualmente. Ou seja, conclusão por sua própria conta de que isso acontecera comigo. E acostumados a tantas metáforas, tornamo-nos uma grande ironia. Você está certo em muitos pontos, devo admitir. Cada um tem que ser um pouco egoísta às vezes e não precisamos de nenhum "se" no passado ou presente. Somos. Um pedacinho da gente sempre vai sofrer calado porque ter que cortar o outro corta a nós mesmos também, isso é perceptível. Nunca fomos um caso comum. Deve ser ainda mais confuso pra quem vê, porqu

Julia e Pedro Paulo

Julia não gosta de: cigarro, barba, anéis de ouro, halls preta, cerveja, sotaque, e de perder. Julia gosta de: histórias, colocar limites, coisas interessantes, carinho, tic tac, caipivodka, conversas e de desobedecer limites. Só que ela, coitada, tem uma espécie de karma: sempre acaba tendo que dar o braço a torcer ou mudar de decisão. Um belo sábado ela saiu com suas amigas pra dançar, numa festa super badalada da região. Aliás, ela mora em Cataúba, ou algum nome parecido com esse. Pois bem. Nesse dia Julia tinha decidido ser a guria mais séria da festa, simpática como sempre (porque mesmo quando precisa ser chata ela não consegue) mas sem dar confiança pra um rapaz sequer. Só que escolheu um vestido de matar. E é aí que entra Pedro Paulo. Paulista, mas malandro que nem carioca, o rapaz fitou Julia durante um tempo até chegar e puxar assunto. Perguntou a idade, depois o nome e ficou cheio de graça com o sorriso infantil da moça. Pra você entender o nível de malandrisse, Pedro Paulo p