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Mostrando postagens de março, 2011

Punhal

Estou certa de que o dia que um homem decide entrar na sua vida, traz um punhal consigo. É, as coisas andam difíceis pra nós por esses dias. Você - ingênua, adolescente, sensível e boba - baixa a guarda facinho quando ele, que já tinha a pretensão de arruinar sua vida, vai te conquistando com a arma mais poderosa que um homem pode ter: a influência. Sim, porque ao contrário do que as mulheres pensam, não é o amor que ele sente por você que faz com que o mundo mude. O seu amor por ele, talvez. Mas o que muda mesmo é a influência que ele tem sobre você: o quanto ele sabe, o quanto ele está presente, o quanto ele te entende e o quanto ele se apropria das suas decisões [e indecisões] para ficar mais perto do seu coração. E isso não quer dizer que ele te ame, de modo algum. Quer dizer apenas que ele gosta de te ver instável pois se sente confortável na situação de manipulador. Bem, neste caso, é o seu coração que está em jogo. Desculpe. A forma mais eficaz que eles encontram para permanece

A tal Carmen

Natasha viu Carmen debaixo de uma mesa em alguma hora da madrugada num bar onde estávamos, na rua de casa. Olhou com piedade pra jovem, mas me entregou ela de bandeja. Absorta em seus pensamentos, regada por um pouco de tequila e com uma saia que causava felicidade instantânea a qualquer homem, ela era o tipo de Diva underground que abrilhanta os nossos sonhos. Cheguei perto e sentei na cadeira ao lado da mesa, debaixo da qual ela se encontrava. - Esse lugar aí é bom? - perguntei maroto. Ela me olhou conferindo quem era, depois fez cara de desdém e soltou: - Muito melhor do que aí. Se você quiser, te vendo ele por R$50 e duas margaritas - e deu uma piscadela de olho sem emoção. Entendi naquele exato minuto que não era Carmen que estava na bandeja, mas que em breve era minha cabeça que estaria lá. Regada a tequila ou não, ela era rápida no pensamento e esperta nas respostas. - E se não estiver interessado em negociar, dê licença que tenho mais o que fazer - concluiu. - Não, negoc

Please, disturb me

Nenhuma novidade. Acendo a luz do abajur, 11 e pouca da noite e o sono que não vem. Digo, que já foi. Amanhã, levanto às 5e20 do mesmo jeito e quanto mais tempo eu passar acordada só diminui a quantidade de horas dormidas. E aí, por mais que eu tente relaxar e dormir, é que vem tudo. Levo pra cama todas as noites, um pouco. Um pouco de sonhos, um pouco de problemas, um pouco de questionamentos, um pouco de tristeza, um pouco de alegria, um pouco de reflexões, um pouco da vida dos outros, um pouco dos meus trabalhos, um pouco das pessoas que eu conheço na rua, um pouco do passado, um pouco do futuro, um pouco dos meus amigos, um pouco da minha familia e um muito, muito mesmo, de alguma dessas coisas citadas anteriormente. Tenho uma mente inquieta, questionadora e é quase impossível ir deitar sem levar um pensamento pra cama. Um pensamento daqueles que eu vou querer dissecar ao máximo, como a gente costuma fazer com as minhocas na aula de biologia durante o ensino médio e o que, de