Incoerência
Então era isso. Eu achava bonito ter um homem que achasse que eu era a mulher mais incrível do mundo. Que meu jeito de falar era engraçado, mas feminino. Que eu era arrogantemente sensual e que nenhum cheiro no mundo era melhor do que aquele na raiz dos cabelos da minha nuca. Que eu era irritante. Que eu não calava a boca. Que em termos de habilidades, eu até cozinhava direitinho, mas estava longe de saber bater de verdade em um homem. Que eu dirigia bem. Que eu era inteligente, mesmo que não cientificamente. Que era esperta o suficiente para ser policial investigativa. Que eu era bagunceira demais para um ser tão pequeno. Que eu era decidida demais para alguém tão delicado e também indecisa demais para alguém tão decidida - que é bem como eu sou. Queria achar um homem que entendesse que por trás de toda essa autoconfiança existe uma mulher frágil que às vezes sonha em dividir um edredom em dias frios. Mas que só pode ser frágil quando tiver alguém do seu lado que vá segurar sua mão e justamente por isso passa a vida toda usando armadura, que é para conseguir seguir em frente. Mas percebi que queria um homem que fizesse meu coração parar de doer, ao invés de arritmizá-lo.
Nunca fui mulher de paixões devastadoras e romances literários. Nunca fui mulher de muitos homens e é difícil para mim aceitar isso. Não gosto nunca de ninguém, ninguém é bom o bastante. E é difícil aceitar que eu preciso abrir espaço na minha vida se eu quiser deixar de sentir frio às vezes. É difícil porque eu não quero ninguém deixando meias espalhadas no chão do meu quarto e cuecas no banheiro. É difícil porque eu não quero que minha mente fique esperando um convite diferente. Porque eu não quero ficar dando satisfação de onde-eu-vou-com-quem-fazer-o-quê. Porque não quero me irritar com os problemas do dia a dia. Eu não quero borboletas no estômago e nem sentir ciúmes. Não quero ser dona de ninguém e nem propriedade. E o mais importante: não quero construir as coisas da maneira como todas as mulheres constroem por aí. E sabe, isso é muito difícil. Os homens só conhecem as mulheres que tem por ai e esperam que sejamos iguais pelo menos metade. E eu entendo que nunca serei uma delas.
Nunca fui mulher de paixões devastadoras e romances literários. Nunca fui mulher de muitos homens e é difícil para mim aceitar isso. Não gosto nunca de ninguém, ninguém é bom o bastante. E é difícil aceitar que eu preciso abrir espaço na minha vida se eu quiser deixar de sentir frio às vezes. É difícil porque eu não quero ninguém deixando meias espalhadas no chão do meu quarto e cuecas no banheiro. É difícil porque eu não quero que minha mente fique esperando um convite diferente. Porque eu não quero ficar dando satisfação de onde-eu-vou-com-quem-fazer-o-quê. Porque não quero me irritar com os problemas do dia a dia. Eu não quero borboletas no estômago e nem sentir ciúmes. Não quero ser dona de ninguém e nem propriedade. E o mais importante: não quero construir as coisas da maneira como todas as mulheres constroem por aí. E sabe, isso é muito difícil. Os homens só conhecem as mulheres que tem por ai e esperam que sejamos iguais pelo menos metade. E eu entendo que nunca serei uma delas.
Ele: Que bagunça, sua bagunceeeeira!
ResponderExcluirEla: Tá incomodado? ARRRRRRRRRUUUMAAAA.
E ai ele sorri, da um tapinha na minha cabeça e fala: " Eu não sou seu empregado "
Os homens só conhecem as mulheres que tem por aí e as mulheres também, só conhecem os homens que tem por aí. Todo mundo teima em falar que conhece o que se vê exteriormente, isso não é conhecer. Isso é ver. E se você só mostra a Armadura... vão achar que é você quem tem que defender!