Um Ano - II
{Leia o post anterior primeiro}
- Devia sim hein!... hihi - zombou a amiga mais uma vez.
- Quer ir na formatura de JP comigo? - foi a mensagem recebida meses depois.Não, obrigada. Mas antes dela conseguir responder, outra avisou que era tarde demais. "Tudo bem, me avisa com antecedência quando for a sua".
Só que quando o convite dele chegou, ela já tinha feito outros planos: ia com a amiga a uma festa onde esperava encontrar um certo fulano. "No baile não vai dar, mas na colação vou sim", comunicou pela internet. Durante essa conversa ele lembrou do dia do bar e ela cortou o assunto: "Ah, não vamos falar sobre isso agora né?!"
Ela não queria pensar, muito menos querer. Porque só de pensar ela sentia um calafrio.
No dia seguinte lá estava ela sozinha em meio a multidão para assistir a cerimônia. Esticada nas pontas dos dedos, procurava por ele escondido entre tantas becas iguais. Borbulhava de orgulho e medo porque sabia que daquele dia em diante, o mundo seria diferente pra ele. No caminho pra casa, os pensamentos giravam questionando tudo o que viu e sentiu aquele dia. Sem respostas.
E o que aconteceu a seguir foi meio que um vendaval.
- Devia sim hein!... hihi - zombou a amiga mais uma vez.
- Não, não devia estar. Devia estar exatamente aqui - retrucou novamente dentro do carro.
Um outro amigo no banco de trás aproveitou pra implicar também, mas depois das afirmações dela o assunto morreu ali. A convicção nas palavras era mais para ela mesma acreditar que para os outros. Ela sabia que queria estar naquele outro carro, o que ele dirigia sozinho. Ela sabia, porque se sentiu meio boba quando foi perguntar porque ele havia parado o carro no meio da rua, e tinha sido por causa de um cachorro. No fundo ela queria um pretexto pra mudar mesmo de carro. Mas não queria querer. Do mesmo jeito que tinha medo de sair com ele à noite naquele dia.
E se ele quisesse ficar com ela de novo? Pior, e se ela quisesse? Não podia, não podia. Melhor deixar as coisas por ali.
Por sorte ele não saiu naquela noite, tudo ficou bem e eles ficaram um tempo sem se falar de novo.
Bem, ela queria acreditar que se as coisas permanececem daquele jeito era "tudo bem".
- Quer ir na formatura de JP comigo? - foi a mensagem recebida meses depois.
Só que quando o convite dele chegou, ela já tinha feito outros planos: ia com a amiga a uma festa onde esperava encontrar um certo fulano. "No baile não vai dar, mas na colação vou sim", comunicou pela internet. Durante essa conversa ele lembrou do dia do bar e ela cortou o assunto: "Ah, não vamos falar sobre isso agora né?!"
Ela não queria pensar, muito menos querer. Porque só de pensar ela sentia um calafrio.
No dia seguinte lá estava ela sozinha em meio a multidão para assistir a cerimônia. Esticada nas pontas dos dedos, procurava por ele escondido entre tantas becas iguais. Borbulhava de orgulho e medo porque sabia que daquele dia em diante, o mundo seria diferente pra ele. No caminho pra casa, os pensamentos giravam questionando tudo o que viu e sentiu aquele dia. Sem respostas.
E o que aconteceu a seguir foi meio que um vendaval.
Comentários
Postar um comentário