Em breve eu serei uma pessoa sozinha e acho que foi o caminho que escolhi.
Eu quero alçar novos voos, planar em outros horizontes e me aventurar pelo desconhecido. Não pertenço a este território onde me encontro, por isso preciso saber se meu lugar é pelos lados de lá.

Outra casa, outra decoração, outro idioma, outro ar. Alguns pratos em comum, alguns conhecidos receptivos, alguns encontros ao acaso. Nenhuma família, nenhum amigo, nenhum amor. Ninguém para segurar minha mão e me dar força, ninguém para me abraçar na aflição. Ninguém.

Desculpem a falta de metáforas, mas hoje estou mais realista que poética. Experimentei o vazio de me sentir sozinha dentro de casa. Me senti sozinha na minha própria vida, no meu próprio corpo. E não tem ninguém que vai me entender. E ninguém vai segurar minha mão.

Meus pensamentos voam cada vez mais alto, estão fora de alcance. E às vezes sinto que nem eu os entendo, quem dirá outro alguém!
Tem certos caminhos que não tem volta, por mais que se queira.
Não deveria me preocupar com o "em breve".
Eu já sou uma pessoa sozinha.

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