Marina
Marina sempre acreditou no amor.
- Porquê me fazes sofrer tanto Amor? Porquê eu não posso simplesmente sair à rua e andar de mãos dadas com alguém que me faz rir, porquê eu não posso me sentir segura? Porquê você sempre arruma um jeito de me derrubar?
- Ah, não sejais tola Marina! Eu faço de tudo para proteger-te e é assim que me agradeces?
- Proteger-me? Ousas dizer que atirar-me à lama é uma forma de proteção?
- Ora se não é! Querida, não vistes que estavas a serrar teu próprio peito afim de arrancar-lhe seu coração? Quem destes a ti este direito? Teu coração não lhe pertence chérie, desde o dia que me escolhestes para guiar tua vida, até o fim de teus dias. Aquele que escolhe o Amor para governar teu coração nunca mais consegue viver sem minha presença. Não podia deixar que doasse o que me pertence...
- Amor, Amor... não tenho mais lágrimas para derramar... não quero mais sentir tais dores, não quero mais sofrer...
- Oh sweetheart, ainda não aprendestes que amar é sofrer? Amar é abrir teu coração para as turbulências da vida, é dividí-lo com alguém capaz de ferir-lhe de uma forma que nenhum outro conseguirá. Em contrapartida, eu sou compreensivo e atencioso, dou-lhe segurança, proteção, carinho, cuidado, uma felicidade e paz imensas, que nenhum outro seria capaz de dar-lhe. No entanto querida - e o Amor olhou no fundo dos olhos de Marina - é preciso que você acredite em mim.
Ela então estremeceu, pensando em como seria sua vida se o Amor virasse as costas de vez para ela. Largou-se nos braços dele e começou a chorar.
- Eu não quero viver sem você Amor, mas também não consigo mais crer em ti. Já vi e vivi tantas dores que não tenho mais confiança para dividir minha vida contigo. Não sei mais o que existe em meu coração...
- Criança... estais apenas amadurecendo. Os músculos do teu coração estão ficando mais firmes para aguentar as turbulências das quais lhe falei, mas este processo dói... Já salvei teu coração tantas vezes, porque achas que iria abandoná-la agora? Estou ao seu lado para que, quando chegar o coração certo - cujo dono terá orgulho de você, desejará acompanhá-la pela rua de mãos dadas e apresentar-lhe seus amigos, cujo dono irá roubar-lhe beijos e fazer-lhe cafuné - você esteja preparada para recebê-lo da forma correta. Como pretende dividir seu coração se já o tiver atirado aos porcos? - e piscou o olho com um sorriso adorável, que só o Amor tem.
Marina entendeu então que sem ele não lhe restaria uma esperança sequer e decidiu seguir seu caminho, com seu coração a salvo no peito e de braços dados com o Amor...
Até que um dia ele passou por ela e a derrubou, numa lama pós chuva. E então acreditou que ele não podia gostar dela, ah, certamente não podia!
- Porquê me fazes sofrer tanto Amor? Porquê eu não posso simplesmente sair à rua e andar de mãos dadas com alguém que me faz rir, porquê eu não posso me sentir segura? Porquê você sempre arruma um jeito de me derrubar?
- Ah, não sejais tola Marina! Eu faço de tudo para proteger-te e é assim que me agradeces?
- Proteger-me? Ousas dizer que atirar-me à lama é uma forma de proteção?
- Ora se não é! Querida, não vistes que estavas a serrar teu próprio peito afim de arrancar-lhe seu coração? Quem destes a ti este direito? Teu coração não lhe pertence chérie, desde o dia que me escolhestes para guiar tua vida, até o fim de teus dias. Aquele que escolhe o Amor para governar teu coração nunca mais consegue viver sem minha presença. Não podia deixar que doasse o que me pertence...
- Amor, Amor... não tenho mais lágrimas para derramar... não quero mais sentir tais dores, não quero mais sofrer...
- Oh sweetheart, ainda não aprendestes que amar é sofrer? Amar é abrir teu coração para as turbulências da vida, é dividí-lo com alguém capaz de ferir-lhe de uma forma que nenhum outro conseguirá. Em contrapartida, eu sou compreensivo e atencioso, dou-lhe segurança, proteção, carinho, cuidado, uma felicidade e paz imensas, que nenhum outro seria capaz de dar-lhe. No entanto querida - e o Amor olhou no fundo dos olhos de Marina - é preciso que você acredite em mim.
Ela então estremeceu, pensando em como seria sua vida se o Amor virasse as costas de vez para ela. Largou-se nos braços dele e começou a chorar.
- Eu não quero viver sem você Amor, mas também não consigo mais crer em ti. Já vi e vivi tantas dores que não tenho mais confiança para dividir minha vida contigo. Não sei mais o que existe em meu coração...
- Criança... estais apenas amadurecendo. Os músculos do teu coração estão ficando mais firmes para aguentar as turbulências das quais lhe falei, mas este processo dói... Já salvei teu coração tantas vezes, porque achas que iria abandoná-la agora? Estou ao seu lado para que, quando chegar o coração certo - cujo dono terá orgulho de você, desejará acompanhá-la pela rua de mãos dadas e apresentar-lhe seus amigos, cujo dono irá roubar-lhe beijos e fazer-lhe cafuné - você esteja preparada para recebê-lo da forma correta. Como pretende dividir seu coração se já o tiver atirado aos porcos? - e piscou o olho com um sorriso adorável, que só o Amor tem.
Marina entendeu então que sem ele não lhe restaria uma esperança sequer e decidiu seguir seu caminho, com seu coração a salvo no peito e de braços dados com o Amor...
Eu sou tão Marina, sabe.
ResponderExcluirMas o amor é mesmo uma coisa linda.
;*