Who I am?
É difícil olhar pra dentro da gente e cutucar todas aquelas feridas que mais nos machucam. Pior é quando você olha dentro e descobre que já não sabe mais o que vê. Ou melhor, o que vê já não é mais aquilo que você sempre acreditou ser.
Não sou a pessoa mais inteligente ou esperta do mundo mas sempre me achei na obrigação de saber apontar quem sou. Ah tola inocência!
Psicologicamente falando, ninguém saberia apontar ao certo quem é. Cada dia a gente descobre um pouquinho do que é e muda também, porque a vida é feita de pequenas transformações dadas diferentes contingências. É aquela velha história de que somos "um" diante de certas companhias e "outro" diante de outras mas que ainda assim, permanecemos sendo nós mesmos.
Mas eu nunca me satisfiz em concordar que a busca pelo pleno autoconhecimento seria como a luta sem fim de um cachorro correndo atrás do próprio rabo curto, e com isso me mantive a cavar nesse profundo infinito dentro de mim.
Então eis meu belo feito: depois de tanto cavar e descobrir, encontrei uma caixinha trancada. Em sua superfície eu sinto gravado os dizeres "Altamente confidencial". Não faço a menor ideia do que eu preciso ter para abrí-la e conhecer seus segredos porque o cadeado não tem furo para chaves. Acho que tem vida própria. E então eu senti parte do meu mundo escurecer.
Estou à deriva no meu próprio mar interior e não tenho forças para nadar para longe. Talvez por isso eu tenha me agarrado a um desafio cuja sigla tem 3 letras mas não é um enigma muito complexo e de longe me pareceu a coisa mais óbvia que podia fazer parte do meu mundo. A gente sempre se agarra a alguma coisa porque no fundo, nosso instinto nos impulsiona a arrumar um jeito de sobreviver (e quando eu digo sobreviver eu falo existir mesmo, o oposto de morrer). O detalhe controverso é que me agarrando a ele, ao invés de simplesmente sobreviver à deriva, serei arremessada direto para o olho do furacão e isso tornou-se um desejo muito claro pra mim, necessário até. Só que esse eu já não é mais aquele que eu conhecia tão bem. Ou na verdade é aquele contra o qual eu lutei pra nunca deixá-lo crescer, mas que fora bem alimentado e minha força já não é suficiente para impedí-lo.
Abri o braços e me joguei.
Cada dia que passa e eu conheço mais do mundo, descubro que só me resta aceitar as pessoas da forma como são ou ficarei cada vez mais velha e infeliz diante da minha impotência. Então nada mais justo do que parar de me julgar ou me tolhir.
Não sei quem sou plenamente e nunca saberei. Mas se estou segurando em alguma coisa é porque no fundo sei que a vida é uma só.
E então eu só tenho uma chance para fazê-la valer a pena.
Não sou a pessoa mais inteligente ou esperta do mundo mas sempre me achei na obrigação de saber apontar quem sou. Ah tola inocência!
Psicologicamente falando, ninguém saberia apontar ao certo quem é. Cada dia a gente descobre um pouquinho do que é e muda também, porque a vida é feita de pequenas transformações dadas diferentes contingências. É aquela velha história de que somos "um" diante de certas companhias e "outro" diante de outras mas que ainda assim, permanecemos sendo nós mesmos.
Mas eu nunca me satisfiz em concordar que a busca pelo pleno autoconhecimento seria como a luta sem fim de um cachorro correndo atrás do próprio rabo curto, e com isso me mantive a cavar nesse profundo infinito dentro de mim.
Então eis meu belo feito: depois de tanto cavar e descobrir, encontrei uma caixinha trancada. Em sua superfície eu sinto gravado os dizeres "Altamente confidencial". Não faço a menor ideia do que eu preciso ter para abrí-la e conhecer seus segredos porque o cadeado não tem furo para chaves. Acho que tem vida própria. E então eu senti parte do meu mundo escurecer.
Estou à deriva no meu próprio mar interior e não tenho forças para nadar para longe. Talvez por isso eu tenha me agarrado a um desafio cuja sigla tem 3 letras mas não é um enigma muito complexo e de longe me pareceu a coisa mais óbvia que podia fazer parte do meu mundo. A gente sempre se agarra a alguma coisa porque no fundo, nosso instinto nos impulsiona a arrumar um jeito de sobreviver (e quando eu digo sobreviver eu falo existir mesmo, o oposto de morrer). O detalhe controverso é que me agarrando a ele, ao invés de simplesmente sobreviver à deriva, serei arremessada direto para o olho do furacão e isso tornou-se um desejo muito claro pra mim, necessário até. Só que esse eu já não é mais aquele que eu conhecia tão bem. Ou na verdade é aquele contra o qual eu lutei pra nunca deixá-lo crescer, mas que fora bem alimentado e minha força já não é suficiente para impedí-lo.
Abri o braços e me joguei.
Cada dia que passa e eu conheço mais do mundo, descubro que só me resta aceitar as pessoas da forma como são ou ficarei cada vez mais velha e infeliz diante da minha impotência. Então nada mais justo do que parar de me julgar ou me tolhir.
Não sei quem sou plenamente e nunca saberei. Mas se estou segurando em alguma coisa é porque no fundo sei que a vida é uma só.
E então eu só tenho uma chance para fazê-la valer a pena.
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