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Mostrando postagens de 2015

O dia dos

Com tanto tempo de prática, não sofro mais com a ausência de companhia no dia dos namorados. Aquele dia que todo mundo decide ficar romântico, e declarar amor e comprar presente e ir ao cinema e sair pra jantar e postar foto na internet e tudo o mais (mas amanhã volta ao normal). Não curto muito isso de transformar um dia específico no único especial. Eu gosto de tornar especiais vários dias aleatórios. Vi de tudo quanto foi tipo de casal hoje, acredite. Mas o que mais me chamou atenção foi um casal de rapazes que passou no meu caixa. Foi com um só gesto: um colocou a mão, do pescoço em direção às costas do outro, por dentro da camisa. Só isso. Mas com esse gesto exato eu saí do meu caixa e caí no meu mundo (das nuvens). E lembrei do quanto eu gostava de ficar com a mão por dentro da camiseta (do outro). Minhas mãos costumam sentir frio, e é muito bom aquecer assim. E aí sem querer já me vi abraçada a você, as mãos nas suas costas, pouco acima do jeans e imaginei como seria essa sen...

Porta Aberta

Eu esperei tanto pra sentir essa coisas novamente que mal posso acreditar. Ainda não é o momento em que sei escrever sobre como tudo começou. Só sei que vi a foto da porta aberta e senti vontade de chorar. E caso vocês não saibam, chorar é a expressão mais pura dos meus sentimentos. Pela porta entrou toda a ventania que bagunçou os papeis da mesa e as minhas certezas. Dias atrás tudo era diferente. Mas com a porta, também meu peito abriu. Na imagem vi ao fundo o raio de sol iluminando toda a cidade, e iluminou também o que eu não conseguia ver. De repente  todos os planos ganharam outro sentido,  que não é bem outro.  Continua sendo o da gente se ver e conhecer um lugar legal e passar bons tempos juntos. Mas a vontade ganhou urgência.  Veio a vontade de um abraço.  Mas não qualquer abraço.  É um abraço que supra toda essa vontade que cresce no peito até doer. É um abraço que vem de dentro pra fora tão denso, que se uma sensação tivesse fo...

Carta de consideração

Não esperava dizer isso, mas vim aqui agradecer por você ter dito não pra mim. Hoje entendo que isso foi uma grande prova de amor. Assim como entendi que não podia contestar sua decisão, porque te amava, acho que você decidiu isso porque também me amava. Um amor tão forte e tão grande que cortava. Talvez nosso amor não tenha sido feito pra existir. Talvez tenha sido pra ser só um amor platônico, ou um amor juvenil. Eu sofri muito quando você me disse que sua mãe me considerava o "incerto". Como assim? - me questionei. Eu sonhava viver com você. Confesso que eu pensei, algumas vezes, em filhos e casamento. Queria poder acordar todos os dias na mesma cama  que você, sentindo seu cheiro e ver seu sorriso. Um eu seu que era só meu. Eu não podia te deixar, eu não ia te deixar. Mas talvez hoje eu estivesse presa a isso. Como aquela história da peça de roupa que cabe, mas não tem mais a ver com gente. E você me amou, e me deixou livre.  Sei que seu gesto foi por med...